Pois pensava eu que iria ter um fim-de-semana calmo e descontraído, mas não, Sábado acabei numa espécie de festa e Domingo foi dia de conhecer pessoas.
Estava eu descansadinha da vida deitada na cama na ronha a ver filmes, quando a mãe de Linessey me telefona, e sem dar tempo ou motivos de desculpa, disse para me vestir que daqui a nada viriam me buscar para irmos a uma "Oração pelos jovens", a vontade era nenhuma, primeiro porque estava a saber-me lindamente estar deitada na cama, e (apesar de ser cristã) não estava com vontade nenhuma de me pôr em orações, conhecer pessoas e dedicar-me à fé..naquele momento só queria mesmo era Não Fazer Nenhum!!! Mas como não me deram alternativa de escolha, lá me vesti com uma das minhas roupas novas =) e esperei que me viessem buscar. Entretanto, Linessey manda-me mensagem para levar a máquina fotográfica pois iria haver uma "amazing JAM session", então pensei para mim "secalhar até pode ser engraçado, o pessoal com os Jambés a tocar na praia", e lá me animei um bocadinho.
Ao chegar à carrinha que nos ia levar, não era diferente dos autocarros, ia cheia até mais não.
Foi muito bom ver as ruas à noite, todas as luzes dão ainda mais beleza a este lugar, tenho muita pena de não poder sair à noite sem ser em grupo.
Chegámos ao recinto, e afinal não era na praia como pensava "OOHHHH =(", era um lugar enorme muito bem arranjado, cheio de árvores e relvados com luzes por todo o lado devido ao natal...
Estava eu descansadinha da vida deitada na cama na ronha a ver filmes, quando a mãe de Linessey me telefona, e sem dar tempo ou motivos de desculpa, disse para me vestir que daqui a nada viriam me buscar para irmos a uma "Oração pelos jovens", a vontade era nenhuma, primeiro porque estava a saber-me lindamente estar deitada na cama, e (apesar de ser cristã) não estava com vontade nenhuma de me pôr em orações, conhecer pessoas e dedicar-me à fé..naquele momento só queria mesmo era Não Fazer Nenhum!!! Mas como não me deram alternativa de escolha, lá me vesti com uma das minhas roupas novas =) e esperei que me viessem buscar. Entretanto, Linessey manda-me mensagem para levar a máquina fotográfica pois iria haver uma "amazing JAM session", então pensei para mim "secalhar até pode ser engraçado, o pessoal com os Jambés a tocar na praia", e lá me animei um bocadinho.
Ao chegar à carrinha que nos ia levar, não era diferente dos autocarros, ia cheia até mais não.
Foi muito bom ver as ruas à noite, todas as luzes dão ainda mais beleza a este lugar, tenho muita pena de não poder sair à noite sem ser em grupo.
Chegámos ao recinto, e afinal não era na praia como pensava "OOHHHH =(", era um lugar enorme muito bem arranjado, cheio de árvores e relvados com luzes por todo o lado devido ao natal...
Entrámos então no recinto propriamente dito, e aí o meu queixo caiu ao chão...não era nada, mas mesmo nada do que tinha pensado. Foi das experiências mais estranhas da minha vida, uma mistura entre música rock, dança disco, Deus, Jesus, e muito caril. A música tinha batida rock, mas com letras inspiradas em Deus, fé e amor. E toda a gente dançava como sabia, sentia ou podia. Em algumas músicas mais pesadas havia muitos "headbangers" que punham de lado qualquer metaleiro. Além disso, havia imensa gente mascarada, pois pelo que me disseram era a maneira de mostrarem que queriam que a sociedade os aceitasse como eram.
Nos entrementes das músicas havia um senhor no palco que com muita garra e afinco lia as letras que estavam projectadas, e toda a gente a seguir gritava as suas palavras, numa manifestação de fé esmagadora, era nesta parte que a coisa se tornava esquisita para mim, pois havia uma mudança drástica entre o feeling de estar numa discoteca e estar numa reunião do Reino de Deus, em que mãos eram levantadas ao céu e eram gritadas palavras de fé.
Ali estivemos durante 2 horas entre dança, música e orações...até que disseram para irmos comer. No exterior estava montada uma tenda com refeições para quem quisesse, um prato de arroz com caril de vegetais, cavala frita, salada e faluda (uma bebida cor de rosa, que deve ser feita só de corantes) e claro chá. Tudo isto para se comer com apenas uma colher ou com a mão (coisa que ainda não sei fazer direito, não é tão fácil quanto parece).
Depois de jantadas, regressamos a casa. Foi de certeza uma experiência que não vou esquecer nunca. (Para mais fotos e vídeos sobre esta noite ver pasta "There is a violence in my love that can't stopped" no Dropbox).
Em Portugal, a minha mãe tem um amigo indiano, que ao saber que eu vinha para cá se disponibilizou e deu os contactos de família que tem cá. Pois foi esse o programa do Domingo de manhã, fomos conhecer a Prima Filomena do Santana. Uma senhora já nos seus 60/70's, extremamente simpática que vivia com o seu irmão. Os dois falam bem português, só não foi a língua escolhida para a conversa pois a pobre da Linessey não percebia nada. Fomos recebidas num apartamento rés-do-chão muito pequeno em Porvorim, uma zona bem diferente de Mapusa, bem mais calmo e sereno, rodeado de árvores por todos os lados, onde os coqueiros abanam ao sabor do vento, o tipo de sitio onde eu não me importava de morar. Ofereceu-nos Samosas (chamuças) de carne, rissóis de vegetais/camarão e óstias de camarão, as duas primeira feitas por ela e a segunda de compra claro. As samosas eram deliciosas!!! Após alguns minutos de conversa, e de ficar combinado um almoço, Linessey e eu seguimos viagem para Panjim, pois estão a ser as festas da Imaculada Conceição, e mais uma vez queria mostrar-me a Igreja de Panjim.
Ao chegar-mos ainda estava a decorrer a Missa de Domingo, a Igreja estava cheia e claro que não era permitido tirar fotografias. Mas qual foi o nosso espanto quando reparámos que a missa estava a ser dita em português!!! Não era um português claro, mas era claramente português. Segundos depois de termos entrado a missa acabou e tivemos de sair, mas o seu interior é tipicamente português, foi como entrar em qualquer igreja em Portugal.
Chegou então a hora de almoço, e como tínhamos combinado, íamos almoçar à casa da tia de Linessey. Mais uma viagem em pé, num autocarro apinhado, numa hora em que o calor já aperta e os braços levantados dão azo a que o cheiro de sovacos suados se propague que nem rastilho por todo o autocarro. Chegámos mais uma vez a uma região menos citadina, e a minha vontade de viver ali aumenta, casas rasteiras com cadeiras nos alpendres e música a tocar, numa sinfonia de paz e tranquilidade que muita gente procura e pouca gente encontra.
Afinal a música que se ouvia era de uma festa de Baptizado, toda a casa decorada, com imensas cadeiras na rua para que toda a "aldeia" pudesse assistir.
Ao chegarmos à casa da Tia Filomena (sim, a tia dela também se chama Filomena), foi nos servido um copo de Coca-Cola para nos refrescar-mos e o canal escolhido na televisão foi a RTP Madeira. Insisti bastante que não valia a pena, pois mais ninguém iria perceber o que diziam, mas de nada valeu.
Foi-nos então servido o almoço, visto terem visita, disponibilizaram um garfo para comer, mas de que me serve um garfo sem uma faca??!! Arroz com especiarias, entremeada em molho, vaca, galinha e sarapatel ao estilo de Goa. A comida estava óptima e eu gostei bastante, apesar de dizerem que não tinha quase picante, tive de beber um copo de coca-cola e um de água durante a refeição para ir acalmando as minhas papilas gustativas, pois quase parecia um dragão a deitar fogo pela boca. Felizmente para sobremesa havia gelado, o que ajudou bastante a reduzir o ardor da boca. De barriga bastante cheia, e cansada de uma noite mal dormida e de tanto passeio o sono começou a chegar, tive de fazer um esforço enorme para não me deixar dormir naquele banco almofadado colocado debaixo da ventoinha com vista para a beleza da natureza!
Ao conversar com Linessey, apercebo-me que os goenses até estão bastante gratos por os portugueses terem governado. E muitos ainda gostavam que isso acontecesse. Dizem que Goa era mais limpa e havia menos discrepância entre classes. Linessey gosta especialmente que os portugueses tenham trazido "Deus", que os tenhamos convertido, e as roupas ocidentais. Enquanto eu fico delirante com todas as cores, túnicas, saris e lenços, ela agradece por os portugueses terem trazido as calças e as camisas. Pois eu sinceramente acho o contrário, um país tão bonito e rico em cultura, porque havíamos de o querer mudar para que ficassem iguais a nós???!! São as diferenças entre as várias culturas, religiões, e roupa que fazem deste um país tão especial e único!
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